Entenda o que causou a crise de petróleo em 2020
Contexto geopolítico
Em função da pandemia, a demanda global por petróleo diminuiu em 30%. E a guerra comercial entre Arábia Saudita, Rússia, USA e outros "players" faz com que a produção global não baixe muito. Um jogando contra o outro, fazendo "dumping".
Mas um poço de petróleo não funciona na base do ON/OFF: você não pode simplesmente parar a produção, pode ser que não consiga reativar depois.
Com isso, os tanques de petróleo em terra estão enchendo - em termos globais, 73% já está lotado. Nos USA, 82%, na África, 64%. E há centenas de navios petroleiros que estão apenas estocando petróleo. Simplesmente se transformaram em tanques flutuantes, a preços que duplicaram.
A capacidade em tanques ainda vazios, em terra, alugáveis, correspondem a apenas 2 semanas de produção. E muitos já estão reservados. Assim, quem não reservou tanques de armazenamento vai pagar caro para conseguir. E para não ter prejuízo vai ter que torcer para que a situação se normalize em breve. O que não parece ser o caso.
Importante destacar ainda que o break-even de poços da Sauri Aramco (estatal Saudita) é na faixa dos US$ 9,00. Logo, com o brent cotado na faixa dos US$ 21,00, eles ainda lucram muito.
Break-even é quando o preço da extração do óleo é o "mesmo" preço da venda do óleo, claro, levando em consideração todas as outras variáveis envolvidas na produção de óleo, como transporte, armazenamento, funcionários e etc.
Os russos tem uma situação um pouco mais complexa, com custo de extração mais alto, mas tem grandes reservas e hedge financeiro para manter a oferta alta.
E a Petrobras?
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E a Petrobras?
Nossa Petrobras tem break-even na faixa dos US$ 16,00, alguns poços do pré-sal com óleo de alto grau API, até um pouco menos.
Logo, nossa amada Semi-estatal brasileira está "segura" com o pré-sal segurando as pontas, já que ele não é levado tanto em consideração nos valores globais de depósitos, visto que AINDA não existem extrações parecidas.
Embora pareça complexo e estranho, pode resumir que o pré-sal é um tipo diferente e único - por enquanto claro -, os cálculos de custo-lucro são diferentes e a OPEP não tá por dentro de tudo, levando em consideração a boa gestão que está se consolidando à frente da empresa, poderemos sonhar em ter um recuperação à médio-longo prazo.
O grande problema mesmo está para os americanos, com o óleo de xisto betuminoso, esses sim tem sério risco de quebrar se as baixas cotações do WTI e Brent perdurarem por muito tempo.
Logo, nossa amada Semi-estatal brasileira está "segura" com o pré-sal segurando as pontas, já que ele não é levado tanto em consideração nos valores globais de depósitos, visto que AINDA não existem extrações parecidas.
Embora pareça complexo e estranho, pode resumir que o pré-sal é um tipo diferente e único - por enquanto claro -, os cálculos de custo-lucro são diferentes e a OPEP não tá por dentro de tudo, levando em consideração a boa gestão que está se consolidando à frente da empresa, poderemos sonhar em ter um recuperação à médio-longo prazo.
O grande problema mesmo está para os americanos, com o óleo de xisto betuminoso, esses sim tem sério risco de quebrar se as baixas cotações do WTI e Brent perdurarem por muito tempo.
Isso faria com que a oferta mundial diminuísse muito e os preços subissem. Inusitado é que justamente o contrário do que aconteceu pouco tempo atrás quando os americanos começaram a indústria do xisto betuminoso.
Será que é essa a intenção? Não sei, ninguém sabe, vamos aguardar cenas dos próximos capítulos.
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